Homofobia Basta!

Fliess e Freud – A Revolução da Sexualidade Humana através da Bissexualidade

Posted on: 8 de junho de 2011

Pois bem… Primeira menção do termo homossexual, foi em 1869, escrito por Karl Maria Kertbeny, porém os mistérios da sexualidade humana a nível de ciência vieram com Freud, o pai da Psicanálise, que com sua doidera, em um mundo ainda dominado pela religião assumiu seu ateísmo, bateu o pé e disse que a homossexualidade não era perversão, não era vício, nem doença! Disse que aqueles exorcismos da igreja era puramente histeria coletiva, que pessoas ficavam cegas e paralíticas muitas vezes por fatores emocionais ( o que hoje é confirmado ) e depois com o mesmo gatilho voltavam a andar, por meio de um histerismo provocado pelo pastor/padre. Freud foi perseguido, teve de se mudar várias vezes, teve seus escritos queimados, foi catálogado como inimigo da igreja e hoje seus escritos deturpadamente  são usados pela igreja católica e pela igreja evangélica para descrever o fenômeno da homossexualidade. Você, deve se perguntar: “Como assim?”. Bom, deixe-me lhe explicar, Freud amava a cultura grega, os deuses, todo aquele romancismo, brilhantismo, porém sem idolatria e sem “divindá-los”, só achava interessante toda aquela cultura e formou suas teorias com base na cultura grega, só utilizou os nomes, para não ter que ficar inventando, rs… Por exemplo… Os Cristãos de hoje, quando não dizem que a homossexualidade é encosto, dizem que é o Complexo de Édipo que eles resumem como: ausência paterna na infância e excesso materno, o filho absorve o objeto de desejo da mãe ( o homem ) e passa a gostar de homem e no caso da mulher eles apela para o Psiquiatra Jung com o Complexo de Electra que é a atitude emocional que, segundo algumas doutrinas psicanalíticas, todas as meninas têm para com a sua mãe; trata-se de uma atitude que implica uma identificação tão completa com a mãe que a filha deseja, inconscientemente, eliminá-la e possuir o pai! 

E quando não se encaixa nisso é capeta! Porém o complexo de Édipo vai muito além de uma simples identificação e complexo de Electra sequer é levado a sério pelos especialistas pela sua lógica esquisita. 

Os religiosos erram em empregar o Complexo de Édipo nos homossexuais, até porque ele não é algo que se pode empregar em alguém, porque ele é uma fase que TODOS passam, seja homossexual, heterossexual ou não…

O complexo de Édipo é um conceito fundamental para a psicanálise, entendido por esta como sendo universal e, portanto, característico de todos os seres humanos. O complexo de Édipo caracteriza-se por sentimentos contraditórios de amor e hostilidade. Metaforicamente, este conceito é visto como amor à mãe e ódio ao pai (não que o pai seja exclusivo, pode ser qualquer outra pessoa que desvie a atenção que ela tem para com o filho), mas esta idéia permanece, apenas, porque o mundo infantil se resume a estas figuras parentais ou aos representantes delas. Uma vez que o ser humano não pode ser concebido sem um pai ou uma mãe (ainda que nunca venha a conhecer uma destas partes ou as duas), a relação que existe nesta tríade é, segundo a psicanálise, a essência do conflito do ser humano. [1]

A idéia central do conceito de complexo de Édipo inicia-se na ilusão de que o bebê tem de possuir protecção e amor total, reforçado pelos cuidados intensivos que o recém nascido recebe pela sua condição frágil. Esta protecção está relacionada, de maneira mais significativa, com a figura materna. Em torno dos três anos, a criança começa a entrar em contacto com algumas situações em que sofre interdições, facilmente exemplificadas pelas proibições que começam a acontecer nesta idade. A criança já não pode fazer certas coisas, não pode mais passar a noite inteira na cama dos pais, andar despida pela casa ou na praia, é incentivada a sentar-se de forma correcta e a controlar os esfíncteres, além de outras exigências. Neste momento, a criança começa a perceber que não é o centro do mundo e precisa de renunciar ao mundo organizado em que se encontra e também à sua ilusão de protecção e de amor materno exclusivo.

O complexo de Édipo é muito importante porque caracteriza a diferenciação do sujeito em relação aos pais. A criança começa a perceber que os pais pertencem a uma realidade cultural e que não podem dedicar-se apenas a ela porque possuem outros compromissos. A figura do pai representa a inserção da criança na cultura, é a ordem cultural. A criança também começa a perceber que o pai pertence à mãe e por isso dirige sentimentos hostis em relação a este.

Estes sentimentos são contraditórios porque a criança também ama esta figura que hostiliza. A diferenciação do sujeito é permeada pela identificação da criança com um dos pais. Na identificação positiva, o menino identifica-se com o pai e a menina com a mãe. O menino tem o desejo de ser forte como o pai e ao mesmo tempo tem “ódio” por ciúme. A menina é hostil à mãe porque ela possui o pai e ao mesmo tempo quer parecer-se com ela para competir e tem medo de perder o amor da mãe, que foi sempre tão acolhedora. Na identificação negativa, o medo de perder aquele a quem hostilizamos faz com que a identificação aconteça com a figura de sexo oposto e isto pode gerar comportamentos homossexuais.

Com a resolução do complexo de Édipo, o reinado dos impulsos e dos instintos eleva-se para um plano mais racional..

Se Freud estivesse vivo ele falaria: “Filhos da … queimaram meus estudos, agora usam eles de forma errada para promoverem suas cruzadas homofóbicas!”

Pois bem, vamos voltar para a bissexualidade… Então, quando Freud começou a estudo a sexualidade humana ele começou a usar o termo “monossexualidade” que se refere a atração única (mono) a alguém do mesmo sexo ou do sexo oposto e nunca simultaneamente mesmo sexo e sexo oposto, apartir dai Freud elaborou o conceito da bissexualidade ( que começou a ser elaborado por Fliess )

“A Noção primeiramente descrita por Wilhelm Fliess e depois assumida e desenvolvida por Freud, que inclui aspectos genéticos,  embriológicos, anatômicos e psíquicos, segundo os quais todos os indivíduos, sejam homens ou mulheres, mantém vestígios do sexooposto, embora, no curso de sua evolução, se orientem para uma predominância monossexual. Dessas predisposições e das decorrentes identificações que o indivíduo assume no seu desenvolvimento, define-se a sua heterossexualidade ou homossexualidade, permanecendo contudo sempre presentes aspectos secundários relacionados à sua predisposição bissexual inata.” – Dicionário Psicanalítico

Ou seja, Fliess e Freud disseram que devido a aspectos genéticos, embriológicos, anatômicos e psíquicos pessoas dos gêneros masculino ou feminino nasciam com uma bissexualidade inata, ou seja, eles não eram robozinhos que por nascerem com um pintinho ou um piriquitinha entre as pernas seriam heteros ou homossexuais, isso dependeriam do desenvolver já predisposto por uma série de fatores. Porém mesmo quando a pessoa atinge a sua monossexualidade ( homo ou hetero ) ela nunca perde a sua predisposição humana bissexual, ou seja, ela conseguirá se atrair por pessoas do sexo oposto ou do mesmo sexo mesmo sendo hetero ou homossexual porém isso não irá determinará a sua sexualidade como bi! Porém há aqueles que em minoria tem uma orientação sexual bissexual permanente, que não atinge a monossexualidade e isto não é anormal! Portanto, o ideal é afirmar que existem 3 orientações sexuais: Hetero, Homo e Bissexual! A Hetero e a Homo são monossexuais porém possuem sua sensibilidade bissexual de nascença ( digamos que essas pessoas tem uma micro-bissexualidade dentro da sua hetero ou homossexualidade pra refrescar a mente 🙂 ) e o Bissexual que se atrai por pessoas do mesmo sexo e do sexo oposto e ficaria estranho ser denominado como: “oi sou hetero e homo 🙂 “, mas de fato, elas são os 2, portanto são bissexuais! 

Espero ter esclarecido a dúvida dos amigos que me fizeram estas perguntas no Twitter e por E-mail!

3 Respostas to "Fliess e Freud – A Revolução da Sexualidade Humana através da Bissexualidade"

Freud: “P*** que paroi, roubaram meus Estudos!” kkkkkkkkk Adogay!

Foi bastante útil essa explanação sobre os conceitos freudianos pela homo, hetero e bisexualidade
A psicologia, a psiquiatria de forma geral são facinantes. E se os religiosos pudessem ver que a ciência não é inimiga de Deus, e sim uma criação dEle, jamais iriam rotular o diferente como aberração e o anormal como impuro. Iriam notar que vemos Deus não como um velhinho dioturnamente centado em uma cadeira de ouro enoooorme, mas a diversidade do que criou, pois eu, que tenho fé. Sei que Deus não tá em um local onde ele entra ou sai, mas sim em todos, em tudo, e nessa diversidade é que percebemos sua presença.
Tais religiosos buscam tanto Deus mas se parassem para notar, ele sempre esteve por perto. 🙂

[…] ai, depois de escrever o texto: “Fliess e Freud – A Revolução da Sexualidade Humana através da Bissexualidade” aqui no Blog, alguns fanáticos religiosos deram histeria coletiva e começaram a falar mal […]

[…] o complexo de Édipo e sua importância no desenvolvimento da sexualidade humana leia este artigo: Fliess e Freud – A Revolução da Sexualidade Humana através da Bissexualidade  < Só clicar na frase que abre a […]

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O Autor

Ativista dos Direitos Humanos (Principalmente LGBTs ); Teólogo;Homeopata; Psicanalista, especialista em Sexualidade Humana, Filosofia, Sociologia;Blogueiro.

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