Homofobia Basta!

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Devido a problemas no formato WordPress estamos mudando para o Blogspot. O Blog agora se chama: O Blog da Sexualidade Humana e tratará não só apenas a temas co-relacionados a Homofobia mas a sexualidade em geral. 

Lá você terá a oportunidade de nos seguir e receber todas as atualizações diariamente :). 

 

 

 www.oblogdasexualidade.blogspot.com 

 

 

 

 

Os vereadores de Arraial do Cabo aprovaram por unanimidade, na última terça-feira (16), um projeto de lei para a criação do Dia do Orgulho Heterossexual. A proposta ainda não saiu do papel, mas já causa polêmica. Pelas ruas, teve gente que ficou na dúvida quanto à necessidade de criar a data.

O projeto de lei que cria o Dia do Orgulho Heterossexual em Arraial do Cabo foi aprovado na Câmara por unanimidade. Seis, dos nove vereadores participaram da sessão. O autor da proposta é o vereador Fabrício Vargas. 

O projeto agora segue para a avaliação do prefeito, que pode sancionar ou não. Mas se depender dos vereadores, a data vai ser comemorada todo terceiro domingo do mês de dezembro. 

O projeto de lei já está na prefeitura, mas segundo a assessoria de imprensa, como o prefeito Andinho está viajando, só deve tomar conhecimento do projeto na sexta-feira (19).

 

Fonte: InterTV

Fonte: Cena G

Revista OUT mostra atletas héteros que apóiam LGBTs 

Atletas héteros, mesmo num meiohomofóbico, estão levantando a bandeirado respeito aos LGBTs.

Esses esportistas são foco de matéria de capa da edição de agosto da revista americana OUT. 

Ben Cohen, do rugby, por exemplo, é casado, tem duas filhas e atua com foco no combate à homofobia no esporte.

Outro exemplo , é o lutador Hudson Taylor, que fundou a organização Athlete Ally ,que tem como objetivo reunir treinadoresatletas jovens, inclusive do Ensino Médio para lutar contra a homofobia.

E não pára por aí. Ainda temos Michael Irvin, que rejeitava o irmão homossexual, mas hoje luta contra a discriminação; Nick Youngquest, tornou o preconceito que ofreu por ser atleta e fazer ensaios sensuais em força para combater a homofobia.

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Após ser chamado de homofóbico por Ivaldo Rodrigues, líder do PDT na Câmara de Vereadores de São Luís, o pastor Silas Malafaia, presidente da Igreja Assembleia de Deus – Vitória em Cristo, afirmou que vai processar o pedetista e o classificou como “bandido”, “vagabundo” e “idiota”.  

Em resposta ás declarações do pastor, a Câmara de Vereadores de São Luís arquivou um projeto de lei de homenagem á Malafaia e ainda aprovou uma moção de repúdio considerando-o, a partir de agora, “persona non grata” em São Luís.

Leia também: Vereadores de São Luís tentam barrar título a Silas Malafaia

A briga entre Malafaia e Rodrigues começou há aproximadamente duas semanas, quando o pedetista pediu vistas em um projeto de concessão de título de Cidadão Ludovicense apresentado pela vereadora evangélica Rose Sales (PCdoB). A homenagem seria concedida a Malafaia, mas o vereador afirmou que o pastor era homofóbico e não seria digno do título.

Nesta segunda-feira, o pastor reagiu às declarações do pedetista em um programa de uma rádio evangélica. No programa, o líder da Assembleia de Deus – Vitória em Cristo negou ser homofóbico. Ele argumentou que homofobia não é condenar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Para ele, homofobia é agredir, ferir ou matar homossexuais.

Ele está pensando que está falando com um pastor otário. Ele vai ser interpelado judicialmente e eu vou processar esse bandido, esse vagabundo desse vereador aí”, diz advogado

Ao negar ser homofóbico, Malafaia pediu provas de suas “condutas homofóbicas” e depois chamou Rodrigues de vagabundo, bandido e idiota. “Ele está pensando que está falando com um pastor otário. Ele vai ser interpelado judicialmente e eu vou processar esse bandido, esse vagabundo desse vereador aí. Ele está pensando que está lidando com otário. Ele vai ver o que é bom pra tosse. Eu sou homofóbico? Prova que eu sou homofóbico!”, disse o pastor. “Esse idiota não sabe nem o que é homofobia”, complementou.

Nem mesmo a autora do projeto escapou das críticas. Malafaia insinuou que Sales não defendeu com mais ênfase a homenagem por interesses do partido. “Eu estou desconfiado de que ela quer fazer graça pro partido, porque o partido dela apóia essa porcaria (luta de grupos LGBT)”, afirmou Malafaia.

Ainda durante as críticas contra Rodrigues, Malafaia atacou os ativistas e grupos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) em todo o Brasil.


“Eu declaro aqui o que já venho falando há muito tempo. Os grupos mais intolerantes da pós-modernidade são os homossexuais”, disse. “Eu não tenho medo de grupos homossexuais, de ativistas homossexuais. Eu não tenho medo de vereador desprovido de qualquer tipo de conhecimento. O que ser vê aí é um preconceito contra os evangélicos. Essa é que é a verdade. O que é homofobia, meu filho? Você critica pastor, critica padre, critica político, critica presidente, critica ministro, mas, se criticar prática homossexual, é homofóbico”.

As críticas de Malafaia aumentaram o mal estar na Câmara de Vereadores. Nesta terça-feira, alguns vereadores que ainda eram favoráveis à homenagem ao pastor resolveram tirar seu apoio ao projeto de lei. A mesa diretora da Câmara também resolveu aprovar moção de repúdio considerando Malafaia com “persona non grata”.

Além disso, a Procuradoria da Câmara já estuda medidas judiciais contra o pastor pelas declarações. “Um homem que usa um palavreado e age dessa maneira desequilibrada não pode ser um homem de Deus”, rebateu Ivaldo Rodrigues em um programa de rádio de São Luís.

Na sexta-feira, Malafaia estará em São Luís para participar do evento “Vida Vitoriosa para Você”. A organização do evento espera reunir aproximadamente 100 mil pessoas. O líder da Igreja Assembleia de Deus – Vitória em Cristo fará dois cultos na capital do Maranhão.

 

Fonte: IG

Casais de aves do mesmo sexo podem ter relação estável, aponta estudo

Uma nova pesquisa aponta que pares de aves do mesmo sexo têm relacionamentos tão estáveis e duradouros como os casais de pássaros do sexo oposto.

Os cientistas da Universidade da Califórnia Berkeley e da Universidade Saint-Etienne, na França, analisaram o comportamento de mandarins (Taeniopygia guttata), aves canoras que cantam para seus parceiros, em um hábito apontado como algo que fortalece o relacionamento do casal.

Segundo os pesquisadores, pares formados por aves do mesmo sexo cantam e cuidam um dos outro da mesma forma que os casais formados por aves do sexo oposto.

A pesquisadora americana Julie Elie, que liderou o estudo, afirma que os resultados mostram que ‘relacionamentos entre animais podem ser mais complexos do que apenas um macho e uma fêmea que se encontram e se reproduzem’.

Elie e os outros pesquisadores da equipe se interessaram pelo comportamento dos mandarins, pássaros que estabelecem relacionamentos que duram a vida toda e são muito sociais.

Os machos cantam para os parceiros, e os pássaros alisam as penas uns dos outros, além de dividir um ninho. ‘Eu me interesso em como eles estabelecem os relacionamentos e como usam a comunicação acústica em suas interações sociais’, disse Elie à BBC.

‘Minhas observações me levaram a um resultado surpreendente: indivíduos do mesmo sexo também interagem de uma forma associativa, como pares de machos e fêmeas’, afirmou.

O estudo foi publicado na revista especializada Behavioural Ecology and Sociobiology.

Observação

Julie Elie e seus colegas de pesquisa, Clementine Vignal e Nicolas Mathevon, da Universidade de Saint-Etienne, criaram jovens mandarins em grupos do mesmo sexo. Mais da metade dos pássaros formaram pares com outra ave.

A equipe então monitorou os pássaros para captar sinais de que os pares estavam totalmente ligados.

Segundo Elie, pares de aves que formaram casais ficavam lado a lado e faziam ninhos juntos. Eles também se cumprimentavam tocando os bicos.

No estágio seguinte da pesquisa, os cientistas introduziram fêmeas nos grupos de pares de machos. De oito machos que já tinham formado casais do mesmo sexo, cinco ignoraram completamente as fêmeas e continuaram interagindo com o parceiro macho.

Segundo os pesquisadores, as descobertas indicam que, mesmo entre aves, o impulso para encontrar um parceiro é bem mais complicado do que simplesmente a necessidade de reprodução.

‘O relacionamento de um par entre espécies socialmente monogâmicas representa uma parceria cooperativa que pode dar vantagens para a sobrevivência. Encontrar um parceiro social, não importa seu sexo, pode ser uma prioridade’, diz a cientista.

Outros exemplos

Pinguins nas Ilhas Malvinas/Falklands (Arquivo BBC)

 

Além dos mandarins, existem outros exemplos de casais do mesmo sexo entre aves.

Entre gaivotas e albatrozes monogâmicos, este tipo de relacionamento dá às fêmeas a chance de criar filhotes sem um parceiro macho.

‘Fêmeas copulam com machos, e então criam os filhotes juntas’, afirma a pesquisadora Julie Elie.

Em cativeiro, ocorreram pelo menos dois casos de pinguins machos formando relacionamentos longos entre si quando existiam fêmeas disponíveis.

Talvez o caso mais famoso seja o de dois pinguins machos, Roy e Silo, do zoológico do Central Park, de Nova York. Eles formaram um casal e não deram atenção para nenhuma fêmea durante pelo menos um ano.

Eles até construíram um ninho juntos e chocaram um ovo doado a eles por um dos tratadores.

Fonte: BBC Brasil

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, confirmou que vetará polêmico projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal que instituiu o Dia do Orgulho Hétero, uma contra-ofensiva conservadora ao popular Dia do Orgulho Gay. “O heterossexual é maioria, não é vítima de violência, não sofre discriminação, preconceito, ameaças ou constrangimentos. Não precisa de dia para se afirmar”, disse o prefeito em entrevista ao jornal Agora São Paulo. Para ele, faz sentido que mulheres, negros e outras minorias raciais que sofreram brutalidades e ofensas tenham seus dias no calendário. “Estas datas, sim, têm sentido, pois estimulam a tolerância e a paz.” O autor do projeto, o vereador Carlos Apolinario (DEM), membro da igreja Assembleia de Deus, entende que o Dia do Orgulho Hétero não incentiva a homofobia.

 

Fonte:  Bahia Notícias 


Receber a notícia de que o filho é homossexual é um acontecimento que pode abalar as estruturas de uma família, por mais que ela se considere aberta às diferenças. É mais fácil lidar com as piadinhas maldosas quando tudo não passa de suspeita e falatório. Mas o cenário muda depois de um irrefutável: “Pai, eu sou gay”.

Para o industriário Ricardo Reder, 48 anos, de Santana do Parnaíba (SP), o fato de Victor ter admitido ser homossexual, há cerca de dois anos, caiu como uma bomba. “Pertenço a uma família tradicional do interior de Minas Gerais, de uma cidadezinha pequena. Imagine, para mim, o que essa descoberta causou”, admite. O garoto, hoje com 18 anos, ficou tão perturbado com a reação dos pais que decidiu buscar abrigo na casa da avó. “Você nunca acha que tem preconceito, até a realidade tomar conta da sua vida”, diz Ricardo.

Preconceito superado

  • Bob Donasl/UOL“Aceitar meu filho incondicionalmente me fez uma pessoa mais feliz”, diz Ricardo

Ele e a mulher, a analista de faturamento Suerda, de 42 anos, descobriram o Grupo de Pais Homossexuais (GPH) na internet e encontraram na figura de Edith Modesto, sua fundadora, o apoio de que precisavam. “Ela nos disse algumas verdades”, confessa Ricardo, que um mês após a declaração do filho resolveu trazê-lo de volta para casa. Edith chamou a atenção do casal para o fato de que uma relação não é feita só de sexo. “Em vez de ficar imaginando seu filho na cama com outro homem, pensa que ele vai ter alguém pra cuidar dele quando estiver doente”, ela disse para Ricardo. Essa visão amorosa fez com que ele repensasse alguns conceitos. “Nunca deixei de amá-lo. E me coloquei no lugar dele, tentando compreender o seu sofrimento.”

Da rejeição inicial até hoje, o relacionamento da família só melhorou. “Fui para a casa da minha avó porque fiquei muito chateado com a reação dos meus pais”, conta Victor. O jovem quis dar um tempo para Suerda e Ricardo, e também para si mesmo. “Queria que sentissem a minha falta”, completa. Ele conta que uma das maiores emoções da vida dele foi quando o pai foi buscá-lo: “Me senti amado, acolhido. Nossa relação, que até então era um pouco distante, melhorou muito. Ele passou a me ver como pessoa, como ser humano. Hoje somos muito unidos”.

O grupo de Edith, pesquisadora e especialista em diversidade sexual, surgiu a partir de uma experiência pessoal. Mãe de sete filhos, ela e o marido passaram pela mesma situação de Ricardo e Suerda quando seu caçula, Marcello, assumiu ser homossexual. “Fiquei muito surpreso quando soube, há vários anos”, conta o professor universitário aposentado Lauro, 81. “Nunca percebi, porque ele não tinha nenhuma característica. O que me importa é que ele é um professor da USP, com doutorado nos Estados Unidos, inteligente, trabalhador e meu amigo”, afirma.

Companheirismo e aceitação

  • Bob DonaskAntonio (direita) sempre desconfiou que Airon fosse gay: “Não me choquei”

Militar e evangélico, Antonio Aparecido dos Santos, 51 anos, de São Paulo, é um exemplo para muita gente que se considera de mente aberta e moderna. Sobre a homossexualidade, ele é objetivo em seu argumento: “Quem somos nós para julgar a natureza alheia?”. Após sempre ter desconfiado que o filho, Airon Wisniewski, de 22 anos, fosse gay, Antonio não se surpreendeu com a confirmação. “Não me choquei nem um pouco e aceitei numa boa”, afirma. O filho se orgulha de ter uma relação de companheirismo com o pai. “Nunca vou me esquecer do momento em que decidi ‘sair do armário’. Ele tirou os óculos, colocou a mão no meu ombro e disse que, independente de qualquer coisa, continuaria a ser meu pai e a me amar muito”, revela, emocionado.

Foi com a mesma convicção que Laurindo Pissioli, de 61 anos, de Frutal (MG), apoiou a filha, a analista de testes Cristiane, 35 anos. “Quando ela era pequena, todo mundo a achava diferente”, lembra. Cristiane diverte-se ao contar que o pai sempre apresenta suas namoradas aos amigos como noras. “O pessoal questionava: ‘Laurindo, como você pode ter uma nora se só tem filhas?’ E ele: ‘É nora porque é mulher da minha filha, oras!’. Todo mundo ria”, afirma Cristiane.

  • Laurindo Pissioli e a filha Cristiane

Agir com naturalidade é a resposta do militar Antonio para quem tenta atingi-lo com preconceitos. Quando alguém diz que o filho dele é “bicha”, sabe o que ele diz? “É bicha, sim. Tem saúde e me dá muita alegria. E aí?”, conta Antonio, que considera o namorado de Airon um filho. “Gosto tanto do Anderson que até dou bronca de pai nele”, diverte-se ele, que, no quartel, aconselha um amigo de trabalho a aceitar a filha homossexual.

Para Ricardo Reder, o caminho da aceitação foi mais doloroso. Hoje ele até permite que Victor leve o namorado para dormir em casa.  “Eu achava que fazia de tudo por meu filho e descobri que estava errado. Hoje posso afirmar que aceitá-lo plena e incondicionalmente me transformou numa pessoa mais feliz e completa.”

 

Fonte: Uol Estilo

 

  Em entrevista à revista gay “Junior” de agosto, Rodrigo Andrade, o Eduardo de “Insensato Coração”, fala sobre a experiência de interpretar um homossexual assumido e comenta os casos de agressão a gays. “Tive um primo que era gay e foi assassinado por homofobia, por preconceito”, conta.

Rodrigo diz que, apesar de ter amigos gays, antes de fazer a novela não tinha muito contato com o universo homossexual. “Hoje quando acesso a internet, abro e-mails, quando vejo notícias que se relacionam a gays, abro para ler. Antigamente não era algo que me interessava. Não por preconceito, mas era um mundo que eu não conhecia”, afirma.

O ator conta que, antes da novela, enxergava a homossexualidade de outra forma. “Pensava que quem era gay escolhia ser. Não sabia que a pessoa já nasce gay. Não tinha noção desse tipo de coisa. Hoje eu tenho. Não vou te dar certeza porque não existe nenhuma prova concreta, mas na minha cabeça hoje as pessoas já nascem gays. Umas se descobrem mais cedo, outras mais tarde, e algumas nem se descobrem”, argumenta.

Para Rodrigo, quem esconde que é homossexual só por status ou para manter as aparências deve sofrer muito. “Quem vive com mulher para se autoafirmar, mas na verdade gosta de homem, para tentar se aceitar assim, uma hora ou outra a vida pesa. Recebo e-mails com cada história que não dá nem para imaginar. Só com as mensagens que recebo já dá para construir uma novela”, diz.

 

Fonte: Uol

Fonte:        CRP SP SE MANIFESTA SOBRE O PL 280/2011

 

O Conselho Regional de Psicologia de São Paulo divulga uma nota na qual manifesta preocupação diante do projeto de lei nº 280/2011, de autoria de Cristóvão Gonçalves, vereador de São José dos Campos. O documento “dispõe sobre a proibição de divulgação de qualquer tipo de material, que possa induzir a criança ao homossexualismo”. Confira o teor do manifesto:

O Conselho Regional de Psicologia de São Paulo vem manifestar sua preocupação diante do projeto de lei nº 280/2011, que “dispõe sobre a proibição de divulgação de qualquer tipo de material, que possa induzir a criança ao homossexualismo”, de autoria do vereador Cristóvão Gonçalves, de São José dos Campos.

Em um momento marcante da história brasileira, quando, a duras penas, uma parcela considerável de nossa população teve ampliado o direito de exercer plenamente sua cidadania, com o reconhecimento pelo Supremo Tribunal Federal das uniões homoafetivas como uniões estáveis, assistimos à emergência de respostas cada vez mais conservadoras, de caráter intolerante, discriminatório e excludente. Respostas que podem ser resumidas em uma palavra: homofobia.

Proibir manifestações públicas de afeto; proibir a convivência com as diferenças sexuais (mesmo que em materiais educativos ou artísticos); garantir o direito à demissão de funcionários homossexuais, como lamentavelmente defendeu a Deputada Estadual do Rio de Janeiro Myrian Rios, são exemplos dessas respostas. Respostas que dizem respeito à intolerância diante da diversidade sexual.

A intolerância, hegemonicamente mascarada em “brincadeiras”, discriminações e mortes silenciosas, parece tentar se tornar oficializada em projetos de lei que não apenas tornam experiências homoafetivas práticas imorais e/ou patológicas, como também ilegais. Mais uma vez, lidamos com concepções que tratam as homossexualidades como algo pernicioso, a ser duramente combatido.

Falamos, dessa forma, da naturalização e legalização de concepções e práticas intolerantes, homofóbicas, que tratam certas pessoas como passíveis de perseguições e punições, que são justificadas de modo arbitrário, tomando como base os desejos e afetos das pessoas.

Parece irrelevante vivermos em um suposto Estado democrático, com dispositivos legais que garantem (ao menos em suas intenções) a igualdade de todos e todas perante a lei, independentemente de classe social, credo, raça, sexo. Ou este não é um dos mais importantes princípios de nossa Constituição?

Este princípio foi reafirmado na lei 10.948/01, que vigora no Estado de São Paulo. De acordo com esta lei, ninguém pode ser exposto a vexame, ser humilhado, constrangido, impedido de acessar locais públicos ou privados, ser cobrado com preços ou serviços diferenciados, ser impedido de locar imóveis para qualquer finalidade, ser demitido ou deixar de ser admitido, em função de sua orientação sexual ou identidade de gênero. Em tal lei, é ainda considerado discriminação proibir a LGBT o mesmo tipo de afetividade que outros cidadãos no mesmo local. Ora, é disso que falamos ao defendermos a igualdade de todos e todas perante a lei.

Entendemos que a lei 10.948/01 parte do reconhecimento de que a homofobia, sim, existe e não é uma preocupação descabida. Nada descabida, também se lembrarmos que o Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou Resolução que versa sobre os Direitos Humanos, orientação sexual e identidade de gênero, no último 17 de junho, em Genebra. Tal Resolução expressa “forte preocupação em relação a atos de violência e discriminação, em todas as regiões do mundo, cometidos contra as pessoas por causa de sua orientação sexual e identidade de gênero”.

Há de se lembrar também que as homossexualidades deixaram de ser entendidas como doenças já há quase vinte anos. Em consonância com tais paradigmas, o Conselho Federal de Psicologia aprovou a Resolução 01/1999, que estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da Orientação Sexual, considerando que a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão.

Ao mesmo tempo, entendemos que as diversas orientações sexuais não são influenciáveis; quer dizer, a convivência com não-heterossexuais não implica tornar ninguém homossexual, afinal, inúmeros são os casos de pessoas homossexuais provenientes de famílias heterossexuais. Se tal convivência não influencia pessoas a se tornarem homossexuais, lembramos que o mesmo não acontece quando convivemos com concepções e práticas intolerantes e discriminatórias. Estas, por sua vez, são altamente capazes de influenciar as pessoas, intensificando a produção de sujeitos pouco tolerantes às diferenças. Tal situação se agrava quando assistimos ao Estado se fazer legalmente um agente violador de direitos, por meio de leis discriminatórias que impedem as pessoas de exercerem sua plena cidadania.

avalanche de respostas marcadas por tal intolerância que vimos assistindo nos ensina uma lição: o avanço em nossa legislação é necessário na expansão da experiência de cidadania em nosso país; necessário, porém insuficiente. Avançar na garantia de direitos a todos e todas implica o acesso a informações e a processos educativos pautados em valores de respeito e tolerância. Implica também criarmos novas sensibilidades, novas subjetividades. Subjetividades mais afeitas às diferenças, a modos diversos de vida, tratando-os como expressões de nossas possibilidades de existência, possibilidades de todos e todas nós.

29 de junho de 2011
Conselho Regional de Psicologia de São Paulo

Foi aprovado ontem, quinta-feira (11), na cidade de São José dos Campos (SP), o projeto de lei 280/2011, de autoria do vereador Cristovão Gonçalves (PSDB-SP), que proíbe a “divulgação de qualquer tipo de material que possa induzir a criança ao homossexualismo”. A lei institui multa de mil reais para quem descumprir a medida. Foram 11 votos a favor e 9 contrários.

O texto proíbe manifestações da homossexualidade – invalidando o direito a liberdade de expressão e o direito a felicidade e a dignidade humana, assim como o ir e vir pelo simples fato de ser diferente da maioria -.

A lei é facista, não mostra o que “pode” e “não pode”, afim de criminalizar os Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais.

De tal forma a lei proíbe:

– Travestis e Transexuais que circulem, assim como homossexuais com trejeitos. 

– A Parada LGBT

– A Crianças Transexuais (  aos desconhecidos pesquisem sobre crianças transgêneras ) que frequentem a escola.

Faço a mesma pergunta e questionamento de Priscila Mathias

“Essa multa seria aplicada a pessoa física, jurídica, a ONGS, a escolas? A professora que abordar o assunto em sala de aula será multada? Se eu organizar uma palestra na faculdade serei multado? Vão pegar o meu CPF e mandar um boleto na minha casa?”

O Vereador diz: “Não é uma questão de preconceito e sim de proteger as crianças da indução ao homossexualismo”, diz o vereador. Por acaso os gays são doentes, são bandidos? Ser gay é doença ou crime? Porque ele não faz uma lei pra proteger as crianças das drogas, evitando que os traficantes vendam drogas nas escolas como anda acontecendo em São José e a prefeitura finge que não vê?

O texto é totalmente ambíguo e dá margem para enquadrar tudo o que eles quiserem. Nele podem ser incluídas toda e qualquer manifestação homossexual que os homofóbicos julgarem que está “induzindo” a criança.Inclusive o vereador disse que pretende aproveitar para que a peça da atriz Christiane Torloni “A Loba de Ray-Ban” seja proibida de vir para São José. Bares e Boates gays, além de ONGS seriam diretamente atingidas pela lei. Voltamos à ditadura? Voltamos à censura? Vão mandar os gays para Campos de concentração em São José dos Campos?

Já esta mais do que explicado pela Psicologia, Psicanálise, Psiquiatria, etc… que a homossexualidade não é algo aprendido. As únicas teses que são deturpadas são a da Teoria Psicanalítica do complexo de Édipo e da Psicológica da identificação com a mãe e com o pai. 

Tenha a paciência e entenda o Édipo:

É muito engraçado ver os religiosos, sem o mínimo de formação, achando-se aptos a explicarem a sexualidade humana utilizando-se da psicanálise, no que tange a homossexualidade, chega a ser cômico para não ser desastroso. Citam o complexo de édipo como se ele fosse um distúrbio, o complexo de Édipo é um período que a criança vivencia até os seus 5 anos de idade meus caros ( Lapanche e Pontalis), tentam resumir o édipo simplesmente em : Pai ausente, Mãe super presente. Não é bem assim, Freud não dedicou um livro ao Édipo para resumi-lo a tal.

Segundo Freud, a criança por volta dos 4 anos de idade, se encontra ligada libidinosamente a sua mãe. Édipo foi um homem grego que amou sua mãe, e é por isso que Freud deu este nome a esta etapa das nossas vidas. É um tanto quanto difícil imaginar uma criança de 4 ou 5 anos, simplesmente gamada em sua própria mãe, mas é mais ou menos isso que acontece com quase todas as pessoas, nessa idade. Se você observar uma criança desta idade, vai ver que ela é manhosa, vive no colo da mãe, e se alguém a tira de perto da mãe ela dá birra. 

Isso acontece também dentro de casa, com meninos e meninas, onde quem sofre com essa ‘paixonite’ pela mãe é o pai e os irmãos, que mal podem se aproximar. Logicamente, uma situação como essa numa família é insustentável, pois afinal, todos, inclusive o pai, querem estar perto da mãe. Pai e filho (as vezes irmão mais velho também) começam a travar uma disputa pela posse da mãe. Este conflito é normal, e acontece com todos nós como já havíamos citado anteriormente.

Normalmente o pai vence, impõe limites à birra do filho, consegue “desgrudar” o filho da mãe. Há um sentimento de “rivalidade” com o pai. É um processo um tanto quanto longo, as vezes mais de 6 ou 12 meses. Com isso, o filho passa então a se ligar mais ao pai, e aos 6 – 7 anos ele já gosta de pescar ou jogar futebol junto com o pai, e já é todo ‘tiete’ do próprio pai.

E assim ele passa a interiorizar as características masculinas do pai, tanto quanto o objeto de desejo, as mulheres, o que só vai se estruturar de fato na adolescência. Mas a semente é plantada na época do complexo de Édipo.

Segundo Freud, a homossexualidade se explica por uma saída “negativa” do complexo de Édipo. Quando o pai da criança não consegue impor limites ao filho, que está literalmente grudado na mãe, o filho não passa a se voltar para as características do pai, e interioriza as características femininas da mãe, inclusive seu objeto de desejo, o homem. Freud cita a relação “pai passivo/mãe dominadora” para este novo triângulo. 

Isto se explica pois, uma relação de pai passivo e uma mãe superprotetora, faz com que o pai não consiga “vencer” a disputa com o filho, pela “posse” da exclusividade da mãe. O filho então torna-se homossexual. É esta a coluna mestra, na teoria de Freud, para uma pessoa se tornar homossexual. Tristann tem uma outra opinião sobre a teoria de Freud e como ela influencia a homossexualidade, o que você poderá ler no texto “Teoria de Freud, até onde podemos considerá-la?”.

Alguns psicoterapeutas hoje, adaptaram esta teoria pra nossa realidade do século XX. Muitos vêem como sendo um processo de triangulação entre pai mãe e filho. José Fonseca, médico-psiquiatra e psicodramatista, diz que a criança entra numa “crise de triangulação”, por volta dos 4 anos. Ela se sente ou não rejeitada, quando descobre que além de uma relação entre ela (a criança) e a mãe, há também uma relação entre os dois, pai e mãe.

“A resolução desta crise pode ser a criança aceitar que ela não é o centro do mundo, que as outras pessoas têm relacionamentos entre si, independente dela, o que não significa que ela receberá menos afeto por isso. Superada essa crise, ela estará pronta para relacionar-se com as demais pessoas, entrando na fase de socialização.” (Costa, 1994)

“Tudo isso acontece com a criança de forma inconsciente, e por volta dos 5 ou 6 anos ela já pode ter resolvido esta crise. Nessa fase, a criança tem como primeiro modelo o relacionamento entre um casal, geralmente heterossexual. Esse primeiro modelo poderá servir como ponto de partida
para seus relacionamentos afetivos e sexuais no futuro.” (Costa, 1994)

Mesmo após todas estas teorias, muitos são os casos que fogem do modelo de Freud ou da Triangulação, como citamos. A definição da orientação afetivo-sexual é ainda considerada não explicada.

Freud escreveu dezenas de livros e não foi para religiosos extraírem uma fala ou duas fora do padrão para explicarem o que bem lhe entenderem para confundir a cabeça das pessoas! 

Freud nunca considerou a Homossexualidade doença e nunca a tratou como opção!

As posições de Freud sobre a homossexualidade não eram apenas teóricas: Freud as sustentava na prática (Ceccarelli, 2008). A opinião de Freud, publicada no jornal vienense Die Zeit a respeito de um escândalo envolvendo uma personalidade acusada de práticas homossexuais não é sem conseqüências. Nela, Freud declara que a homossexualidade não releva do âmbito jurídico e, mais ainda, que os homossexuais não devem ser tratados como doentes pois, se a homossexualidade for uma doença, teremos que qualificar de doentes grandes pensadores que admiramos. Há também a carta de Ernest Jones enviada a Freud em 1921 sobre o pedido de admissão de um jovem homossexual à sociedade psicanalítica. Jones é contra a admissão. Freud discorda de Jones e afirma que a admissão, ou não, do candidato dependerá exclusivamente da análise de suas qualidades.

O que parece evidenciar do que foi dito acima é que a questão das “sexualidades desviantes” é um problema que está intimamente ligado a como o imaginário da cultura ocidental lida com a sexualidade. Em toda e qualquer cultura, boa parte da noção de “normal”, e de “patológico”, está em relação direta com o imaginário desta mesma cultura. Na cultura ocidental, é no imaginário judaico-cristão, cujas origens remontam aos mitos fundadores que o sustentam, que encontramos as bases daquilo que é considerado “normal” e, por conseguinte, “desvio”.

Sem dúvida, um dos pontos de ruptura da teoria psicanalítica que até hoje, e talvez ainda por muito tempo, seja problemático para a cultura ocidental é a questão da sexualidade. À despeito de tanta “evolução”, a sexualidade continua a ser um grande tabu. Neste sentido, o texto de Freud (1889) A sexualidade na etiologia das neuroses escrito há mais de 100 anos é de uma atualidade desconcertante. Por outro lado, embora muito já tenha sido dito e escrito sobre o impacto produzido pela publicação dos Três ensaios, o assunto é geralmente debatido, já o dissemos, em relação às revolucionárias posições freudianas a respeito da sexualidade. Acreditamos, entretanto, que a ruptura mais importante trazida por este texto fundador ainda não foi suficientemente avaliada. Trata-se da desconstrução do imaginário judaico-cristão produzida pelos postulados freudianos (CECCARELLI, 2007). Nossas referências mais caras sobre a sexualidade, assim como nossas posições morais e éticas, são baseados no sistema de valores judaico-cristão que são historicamente construídos. Na cultura ocidental, estes valores funcionam como referências identitárias que organizam nosso cotidiano e explicam a origem do mundo e como ele deve funcionar segundo a vontade de Deus: eles são nossa mitologia. Baseado nessa mitologia, o desejo sexual espontâneo é prova e castigo do pecado original – a concupiscência: o homem é fruto do pecado – e a única forma de sexualidade aceita é a heterossexual para a procriação (RANKE-HEINEMANN, 1996). Ao postular, como vimos, que a sexualidade humana age a serviço próprio, Freud destrói o sistema de pensamento que sustentada a crença de uma “natureza humana”.

Nos textos de Freud encontramos vários trabalhos teórico-clínicos, desde o Manuscrito H, endereçado a Fliess, até o Esboço de psicanálise, em que a homossexualidade é discutida. Os que merecem destaques são: Os três ensaios sobre a teoria da sexualidade (1905, e sobretudo as notas de rodapé acrescentadas em 1925 e 1920), Leonardo da Vinci e uma lembrança de sua infância (1910), O caso de Schreber (1911), e Psicogênese de um caso de homossexualismo numa mulher (1920).

O que se depreende da leitura desses textos, embora algumas ambigüidades existam, é que a homossexualidade é uma posição libidinal, uma orientação sexual, tão legítima quanto a heterossexualidade. Freud sustenta esta posição partindo do complexo de Édipo, fundado sobre a bissexualidade original, como referência central a partir da qual a chamada “escolha de objeto” ou “solução”, que acho mais adequado, vai se constituir. Esta escolha, que não depende do sexo do objeto, é a base dos investimentos futuros. Uma vez que os investimentos libidinais homossexuais estão presentes, ainda que no inconsciente, de todos os serem humanos desde o início da vida, Freud opõe-se

com o máximo de decisão, que se destaquem os homossexuais, colocando-os como um grupo à parte do resto da humanidade, como possuidores de características especiais (…). Ao contrário, a psicanálise considera que a escolha de um objeto, independentemente de seu sexo – que recai igualmente em objetos femininos e masculinos –, tal como ocorre na infância, nos estágios primitivos da sociedade e nos primeiros períodos da história, é a base original da qual, como conseqüência da restrição num ou noutro sentido, se desenvolvem tanto os tipos normais quanto os invertidos (1905, p. 146).

Como conseqüência, continua Freud na mesma frase,

do ponto de vista da psicanálise, o interesse sexual exclusivo do homens por mulheres também constitui um problema que precisa ser elucidado, pois não é fato evidente em si mesmo, baseado em uma atração afinal de natureza química (p. 146).

Anos mais tarde, precisamente em 1920, Freud deixa ainda mais clara sua posição em relação à homossexualidade:

Não compete à psicanálise solucionar o problema do homossexualismo. Ela deve contentar-se com revelar os mecanismos psíquicos que culminaram na determinação da escolha de objeto, e remontar os caminhos que levam deles até as disposições pulsionais (1920, p. 211).

A conclusão que podemos tirar é que tanto a homossexualidade quanto a heterossexualidade são destinos pulsionais ligados a resoluções edipianas. 
A base da argumentação de Freud está na visão completamente nova e revolucionária que ele dará à noção de psicossexualidade. No texto de referência sobre o tema, Três ensaios sobre a teoria da sexualidade, Freud afirma que, no ser humano, a pulsão sexual não tem objeto fixo, ou seja, ela não está atrelada ao instinto como nos animais. Ao contrário, o objeto da pulsão é diversificado, anárquico, plural e parcial; exprime-se de várias formas: oral, anal, escopofílica, vocal, sádica, masoquista, dentre outras. Com isto, Freud divorcia a sexualidade de uma estreita relação com os órgãos sexuais, passando a considerá-la como uma função abrangente em que o prazer é sua finalidade principal, e a reprodução uma meta secundária. Além disto, ao postular que a sexualidade vai além dos órgãos genitais, Freud leva “as atividades sexuais das crianças e dos pervertidos para o mesmo âmbito que o dos adultos normais” (1925, p. 52). Nesta perspectiva, em que as pulsões parciais integram o psiquismo humano, o conceito de normalidade perde seu sentido, tornando-se uma ficção: não existe diferença qualitativa entre o normal e o patológico. A diferença reside nas pulsões componentes dominantes na finalidade sexual. Além disso, se os impulsos afetuosos e amistosos, reunidos na “palavra extremamente ambígua de ‘amor’”, nada mais são do que moções pulsionais sexuais “inibidos em sua finalidade ou sublimados” (Freud, 1925, p. 52 – grifo do autor), cada sujeito possui um vestígio de escolha de objeto homossexual.

Finalmente, à biologia, à moral, à religião e à opinião popular, Freud vai dizer o quanto elas se enganam no que diz respeito à “natureza” da sexualidade humana: a sexualidade humana é, em si, perversa. Agindo a serviço próprio ao buscar o prazer, ela escapa a qualquer tentativa de normalização e subverte a natureza “pervertendo”, assim, seu suposto objetivo supostamente natural: a procriação. A sexualidade é contra a natureza: em se tratando de sexualidade, não existe “natureza humana”.

Freud não apenas argumenta seus pontos de vista teoricamente como os sustenta na prática. Em 1903, quando a homossexualidade era tida como um problema médico e jurídico, o jornal vienense Die Zeit pede a Freud que se pronuncie sobre um escândalo envolvendo uma importante personalidade acusada de práticas homossexuais. Freud responde que

a homossexualidade não é algo a ser tratado nos tribunais. (…) Eu tenho a firme convicção que os homossexuais não devem ser tratados como doentes, pois uma tal orientação não é uma doença. Isto nos obrigaria a qualificar como doentes um grande números de pensadores que admiramos justamente em razão de sua saúde mental (…). Os homossexuais não são pessoas doentes (1903 apud Menahen, 2003, p. 14).

Em 1921, Freud recebe uma carta de Ernest Jones, então presidente da International Psychoanalytical Association (IPA). Nela, Jones relata a Freud que recebera um pedido de admissão à Sociedade de um analista homossexual. Jones é contra sua admissão. Na resposta à carta, assinada por Freud e Otto Rank, lê-se:

Sua pergunta, estimado Ernest, sobre a possibilidade de filiação dos homossexuais à Sociedade, foi avaliada por nós e não concordamos com você. Com efeito, não podemos excluir estas pessoas sem outras razões suficientes (…) em tais casos, a decisão dependerá de uma minuciosa análise de outras qualidade do candidato (Lewis, 1988, p. 33).

Finalmente, temos a famosa carta de Freud, escrita em 1935, a uma mãe americana que solicita seus conselhos sobre seu filho homossexual:

A homossexualidade não é, certamente, nenhuma vantagem, mas não é nada de que se tenha de envergonhar; nenhum vício, nenhuma degradação, não pode ser classificada como doença; nós a consideramos como uma variação da função sexual (Jones, 1979, p. 739).

Descontextualizar é a arma predileta dos religiosos, seguida da vontade de compreender as coisas sem o esforço necessário ( uma formação ), por isso o resulta em um mar de ignorância.

Os religiosos apelam para o complexo de Édipo pela sua “luxuosidade” nominal e pela sua pseudo simplicidade em explicar a homossexualidade, como se tal fosse realmente simples, mas não é, do ponto de vista psicológico o Dr. Adriano Facioli no texto “Homossexualidade é opção?” explica

“Esta é uma pergunta muito comum, do senso comum (por isso a coloquei entre aspas), em relação à homossexualidade. Em muitos casos, infelizmente, há pessoas que chegam a afirmar isso de modo categórico. 

A homossexualidade é um fetiche da curiosidade de nossa sociedade que praticamente criminaliza esse tipo de orientação. E se a homossexualidade é fetichizada, a homossexualidade masculina o é ao quadrado. E ao verbo “fetichizar” atribuo o sentido de dar um valor excessivo ao que quer que seja. Se fetichiza é porque ressalta demais, valoriza demais. É atenção, curiosidade e xeretice demais em relação ao tema.

As pessoas querem logo a resposta, querem logo saber a causa – como se tudo necessariamente pudesse ser explicado ou determinado por uma única causa. Se nasce assim ou se aprendeu; se é uma condição ou uma escolha.

Mas Freud logo adverte: se a homossexualidade é representada como um mistério, isso também deveria caber à heterossexualidade. Para ele há de se perguntar pela gênese tanto de uma quanto de outra. Pois para a psicanálise todos nascemos, vamos assim dizer, “bissexuais”. A orientação originária é a bissexualidade. A monossexualidade, seja ela hetero ou homo, só se dá com o decorrer do desenvolvimento. Neste sentido, psicanalítico, nascemos bissexuais e aprendemos a ser hetero ou homo.

E o termo aprendizagem, para o senso comum, também adquire alguns sentidos que não os adotados pela Psicologia. Basta dizer que é aprendido, para alguém já logo pensar equivocadamente que deve haver alguém, alguma pessoa que ensina. Para não me estender muito sobre isso, resumo: aprendemos o tempo todo, e o mundo (incluído aí o mundo das coisas) ensina.

Mas ouço muito, da boca de muitas pessoas, inclusive e infelizmente, penso eu, de alguns alunos: “homossexualidade é opção”. Já ouvi até mesmo gays dizendo isso. Penso da seguinte forma: é uma frase muito genérica e vaga para uma questão tão complexa. É tão vaga que pode adquirir diversos sentidos.

Uma vez vi na televisão um gay dizendo isso: “é uma opção, sabe”. Ele se sentia como um paladino da liberdade ao dizer isso. Dizia com gosto, com orgulho que era uma escolha, uma opção.

Há também, e com muito mais freqüência, pessoas conservadoras e machistas que dizem isso. E o sentido subjacente costuma ser: “se escolheu isso, poderia ter escolhido o contrário; sofre preconceito porque quer; seja homem!”. Ou então: sendo opção, logo é safadeza, moda ou falta do que fazer.

E a grande questão é: então o homossexual escolhe isso, ser uma espécie de pária da sociedade? Alguém escolhe isso para sua vida: ser discriminado, diminuído, excluído, maltratado e humilhado? Sim, pois é exatamente assim que os homossexuais são tratados. Se a homossexualidade é uma opção, então completemos a frase: é opção e masoquismo. Pois somente alguém que tem prazer em sofrer é que poderia escolher esta opção.

E mesmos os masoquistas, fique bem claro, nunca o são de modo genérico. Não existe esta história de simplesmente gostar de sofrer. Ninguém é masoquista pra tudo. Pois o masoquismo, em termos comportamentais, muitas vezes nada mais é que efeito da associação entre dois estímulos: um prazeroso e outro doloroso. Masoquistas costumam ter prazer com coisas muito específicas, as quais são exatamente aquelas que foram associadas com alguma forma de prazer muito significativa já vivenciada.

Se a orientação sexual é uma opção, logo as possibilidades são as mesmas para todo mundo. Logo, somos todos, como pretendia Freud, originariamente bissexuais. Eis aí o paradoxo do senso comum: enuncia uma regra que, por implicação lógica, estabelece a bissexualidade como universal, coisa que o próprio senso comum rejeita.

Se a orientação sexual é uma opção, logo existe escolha consciente. E pode se dizer que se trata de algo mais ou menos parecido com, por exemplo, o ato de votar: você vai lá e marca um x. Portanto, chegam a ser ridículas as implicações lógicas que tal bobagem produz.

Porém, continuemos, até o absurdo. Sim, pois todo equívoco desemboca no absurdo.


Primeiro as definições:

1. Homossexualidade é a predominância de atração sexual por pessoas do mesmo sexo.

2. Heterossexualidade é a predominância de atração sexual por pessoas do sexo oposto.

3. Bissexualidade é a atração sexual por pessoas de ambos os sexos, sem a predominância significativa de qualquer orientação.

Se a orientação sexual é uma opção, logo as pessoas escolhem gostar disso ou daquilo, querer isso ou aquilo. E quem é que tem esse poder: escolher do que vai ou não gostar, querer?

Se a orientação sexual é opção, logo há conflito entre alternativas. Senão não haveria opção alguma. Enfim, resumindo: mais uma peça para a coleção gigantesca de besteiras do senso comum.”

Portando, a partir dos textos publicados acima se entende que a homossexualidade segundo Freud não é uma doença, nem perversão, nem degradação, nem vício, nem desvio, nem perversão, assim como para com a Psicologia e Psiquiatria, os que o fazem, assim fazem por falta de conhecimento e preconceito para com a real ciência. 
Uma outra aplicação errônea é aplicar o termo “homossexualismo”, abolido em 1991 pela OMS, pois o prefixo ismo se refere a doença e homossexualidade não é doença. “ Cliquei aqui para ver o texto na íntegra

Já a teoria Psicológica do apego a mãe e do pai é muito parecida, só que mais simplificada:

O Filho que possui uma mãe super-presente adquire hábitos femininos e acaba por ausência paterna a não viver de acordo com a estereotipagem da figura masculina para a sociedade, ao ser “influenciado” pela mãe acaba adquirindo também o objeto de desejo: O homem. Por “conhecer” demasiadamente a mulher, perde o interesse pela mesma e acaba se aprofundando no sentimento homoerótico. Embora tal tese apareça bizarramente em algumas dissertações de Psicólogos, ainda é possível se achar a teoria Psicológica da “causa homossexual” abolida a tempos pelos próprios e competentes profissionais por mostrar falhas claras! Aderindo a causa psicanalítica que não implica em um influência dos pais e sim em um recaimento a bissexualidade inata de todo ser humano que é determinada nos primórdios da vida, sendo assim, na mais ignorância e no menor conhecimento de Psicanálise e Psicologia o dito cujo vereador se baseou.Mas se assim for, os pais dos homossexuais que são heterossexuais em suma que devem ser multados! Pois segundo a visão lógica deturpada do vereador são eles que “causam a homossexualidade”

Lei burra! Inconstitucional! 

Obs: Nem a Psicologia e nem a Psicanálise sustenta a tese da “homossexualidade aprendida”, isso foi só um olhar segundo a visão BURRA do vereador que criou tal lei que atirou no próprio pé! 


O Autor

Ativista dos Direitos Humanos (Principalmente LGBTs ); Teólogo;Homeopata; Psicanalista, especialista em Sexualidade Humana, Filosofia, Sociologia;Blogueiro.

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